quinta-feira, 22 de março de 2012

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segunda-feira, 12 de março de 2012

13 DE MARÇO – A VERDADEIRA DATA DA INDEPENDÊNCIA DO PIAUÍ

*José Olímpio


Considero uma tremenda injustiça que se tenha consagrado o dia 19 de outubro como o Dia do Piauí.

Na verdade, a nossa independência deve ser comemorada no Dia 13 de Março, pois foi nesse dia e nesse mês do ano de 1823 que foi realizada a única batalha pela independência do Brasil – a Batalha do Jenipapo – em solo campomaiorense.

O major João José da Cunha Fidié e seus homens, treinados e bem armados, travaram uma luta desigual contra as tropas campomaiorenses e cearenses que, armados apenas de pau, foices, facão, pedras e espingardas de caça, lutaram com destemor contra as tropas portuguesas.

A bravura dos campomaiorenses impediu que Fidié marchasse de volta a Oeiras e acabasse com o sonho da independência. Mesmo vencendo a batalha, o militar português sentiu-se fragilizado e resolveu refugiar-se no Maranhão, sentindo o que o ideal de independência dos piauienses era invencível.

Fidié foi preso algum tempo depois no Morro das Tabocas, Caxias, e levado para Oeiras e depois para o Rio de Janeiro, de onde foi deportado para Portugal. Estava ai consolidada a independência do Piauí e a unidade nacional.

RECUO TÁTICO OU FUGA?

O que houve no dia 19 de outubro de 1822? Há controvérsias sobre os fatos registrados naquela data. Um grupo de parnaibanos liderados por Simplício Dias da Silva, decidira proclamar a Independência do Piauí e aclamar o príncipe-regente como Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil.

Ocorre que, ao tomarem conhecimento de que as tropas portuguesas se aproximavam da Vila da Parnaíba, onde chegariam a 18 de dezembro daquele ano, para sufocar o movimento de independência, os parnaibanos fugiram para Granja, no Ceará.

Para alguns historiadores, como Abdias Neves e Anísio Brito, um recuo tático; para outros, como Monsenhor Joaquim Chaves, uma fuga vergonhosa. O fato é que Fidié tomou conta da Vila, sem nenhuma resistência, e fez as autoridades locais jurarem fidelidade à coroa portuguesa.

Diante disso, pergunta-se: Por que, então, se comemorar a independência do Piauí no dia 19 de outubro? Não faz o menor sentido. Proclamamos a independência e fugimos? Que história é essa? Independência não se faz apenas com conversa, mas com resistência.

Importante

Mais importante que a proclamação dos parnaibanos no processo de emancipação do Piauí foi a resistência dos piracuruquenses que, sob o comando de Leonardo Castelo Branco, aprisionaram uma guarnição portuguesa deixada por Fidié em Piracuruca e travaram batalha com alguns soldados portugueses, que voltavam de Parnaíba.

Então, resistência e luta pela independência só houve em Piracuruca e Campo Maior. Em 24 de janeiro de 1823, Manoel de Sousa Martins, o Né de Sousa, que viria a ser o Visconde da Parnaíba, proclamou a independência, aproveitando-se da ausência do chefe das armas portuguesas que se encontrava em Parnaíba. Não havia contra quem lutar.

E, como “a história é o povo em movimento”, não há como negar que o acontecimento mais importante no processo de consolidação de nossa independência e da garantia da unidade nacional foi a heróica resistência dos campomaiorenses e cearenses às margens do jenipapo, em 13 de março de 1823.


*José Olímpio é jornalista e pesquisador